Saturday, March 01, 2008

Isadora Ducan e a poética do movimento

Estamos próximos ao Dia Internacional da Mulher e andei pensando em algumas figuras femininas que me encantam pela poética de suas obras e vida.Uma delas é essa mulher .
Bailarina,livre e solta,exótica e sensível.È a "mãe" da dança moderna.


"Dancarina, aventureira, revolucionária, defensora ardente do espírito poético, Isadora Duncan tem sido uma das mais duradouras influências no século 20. Ironicamente, a magnitude de suas realizacões como artista, assim como a sua vida excitante e trágica tem a tendência de desviar nossa atencão da originalidade, profundidade e ousadia de seu pensamento.Isadora foi pensadora e poeta, com um dom de vívida imaginacão poética, desafiando radicalmente "as coisas como elas são", e com a habilidade de expressar suas idéias com entusiasmo e humor. Para melhor entender Isadora, ela foi uma teórica da danca, uma crítica da sociedade, cultura e educacão modernas e uma campeã na luta pelos direitos das mulheres, revolucão social e realizacão da poesia na vida cotidiana.
Praticamente sozinha, Isadora devolveu a danca a um lugar elevado entre as artes. Quebrando as regras, Isadora levou a arte da danca de volta as suas raízes de arte sagrada.Ela desenvolveu, dentro dessa idéia, movimentos livres e naturais inspirados pelas artes clássicas gregas, dancas folclóricas e sociais e forcas da natureza. Com roupas leves e esvoacantes, pés descalcos e cabelos soltos, Isadora Duncan deu à danca nova vida, usando o plexo solar e o dorso como geracão de forca para ser seguida por todos os movimentos.Sua celebrada simplicidade era oceânica em sua profundidade, e a Isadora é dado o crédito pela invencão do que mais tarde veio a ser conhecido como Danca moderna."

"Imagine então uma dancarina que, após longo estudo, oracão e inspiracão tenha atingido tal grau de entendimento que seu corpo seja simplesmente a luminosa manifestacão de sua alma, cujo corpo danca de acordo com uma música ouvida internamente, em uma expressão de um outro mundo, mais profundo. Essa é a dancarina verdadeiramente criativa, natural mas não imitativa, falando em movimento de dentro de seu ser e de dentro de algo maior do que todos os seres."
"Eu passei longos dias e noites no Studio, em busca daquela danca que poderia ser a divina expressão do espírito humano através do movimento do corpo. Por horas eu poderia ficar totalmente imóvel, minhas duas mãos cruzadas sobre o meu peito, cobrindo o plexo solar... Eu estava buscando e finalmente encontrei a mola central de todo movimento, a unidade a partir da qual toda a diversidade de movimentos é criada, o espelho da visão para a criacão da danca."
My Life, 1928



Ela causou escândalo em sua época ao trocar os Estados Unidos pela União Soviética, afirmando: “Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira.”

Isadora Duncan era a segunda dos quatro filhos do poeta Joseph Charles e da pianista e professora de música Dora Gray Duncan. Nasceu em 1978, em São Francisco, e viveu uma infância atípica para os padrões da época. Filha de pais divorciados, ela, a irmã e os dois irmãos, foram criados na pobreza por sua mãe solteira, e além de receberem a educação formal, a mãe fazia questão de dar-lhes desde cedo, aulas particulares de literatura, poesia, música e artes plásticas.
Isadora Duncan - 1904Quando ela tinha ainda quatro anos, começou a freqüentar aulas de balé clássico. Na adolescência se apresentava acompanhada dos três irmãos ao som do piano de sua mãe. Desde cedo ela dava mostras de um temperamento transgressor, que a leva a abandonar as convenções do balé da época. As técnicas convencionais do balé clássico e romântico eram extremamente rígidas. Pedia a utilização do espaço geométrico do palco de maneira axial simétrica, durante as apresentações, o homem era sempre o líder e condutor dos movimentos, auxiliando também as mulheres, que deveriam preservar uma dança discreta, e o andar suave.
Aos 11 anos, a jovem Isadora já apresentava uma sensibilidade muito particular, desenvolvendo uma maneira própria de dança. Nessa idade começou também a dar aulas de sua nova técnica. Isadora considerava antiquadas as técnicas clássicas e as sapatilhas de ponta, além de serem incômodas e deformarem o corpo feminino. Foi ela a primeira manifestação substancial do movimento de ruptura que surgiria dentro do balé e que buscava uma forma de dança mais livre e expressiva. Nas palavras dela: "A beleza da arte não é feita de ornamentos, mas daquilo que flui da alma humana inspirada e do corpo que é seu símbolo..."


O surgimento do balé moderno

Em sua aversão pelo balé clássico chegou ao extremo de afirmar: "eu sou inimiga do balé, o qual considero arte falsa e absurda, que de fato está fora de todo o âmbito da arte". Ao romper com os padrões clássicos, Isadora Duncan propõe uma dança liberta de espartilhos, meias e sapatilhas de ponta, apresentando-se em espetáculos solo baseados em improvisações, dando ênfase aos gestos corporais assimétricos. Seus movimentos eram inspirados nos fenômenos na natureza, como o fluir das ondas do mar, do vento, e força das tempestades.

Para sua nova expressividade, Duncan foi buscar referências nas danças rituais da Grécia antiga. Passou a dançar de pés descalços vestindo apenas coloridas túnicas de seda, o que causou escândalo entre a conservadora mentalidade da época. Sua semelhança com as danças gregas podem ser conferidas através da comparação das antigas lápides de dançarinas gregas em rituais dionisíacos com fotos das dançarinas que seguiram a linha de balé iniciada por Isadora Duncan. Revolucionou ainda o repertório musical do que era considerado apropriado para temas de dança, e incorporou a seus trabalhos, peças como as de Chopin e Wagner, que na época eram executadas tão somente para serem ouvidas. “Tive três grandes mestres, os três grandes precursores da dança no nosso século: Beethoven, Nietzsche e Wagner”, dizia ela, que gostava de citar o filósofo Friedrich Nietzsche entre os compositores alemães. Inovou também a estética do palco, utilizando tão somente uma cortina azul como cenário, que visava reforçar a importância da expressividade do dançarino sem recorrer a subterfúgios que ela considerava artificiais e “vazios”.

Durante o desenvolvimento de sua carreira, cada vez mais caminhava para um estilo pessoal único. Visando realçar a emoção do dançarino, valorizou os movimentos espontâneos, mas não ausentes de técnica. Para aperfeiçoar seu balé, se entregou a estudos aprofundados sobre a origem da dança e suas diversas expressões em diferentes culturas, tais estudos resultaram em uma série de textos e ensaios teóricos sobre a dança, o papel da cultura e a vinculação com seu trabalho. "Desde o início sempre dancei minha vida", disse ela, certa vez, demonstrando a maneira particular como encarava a sua arte.
O sucesso na Europa
Quando completou 18 anos, procurando expandir sua carreira, Duncan se mudou para Chicago, onde foi contratada por Augustin Daly, o maior empresário teatral da época.
Com ele, fez diversas excursões, passou por Nova Iorque e Londres onde dançava também em reuniões organizadas por damas da alta sociedade que a levaram em 1900, para Paris. Com sua chegada à França, desde sua primeira apresentação causou grande polêmica com seu balé revolucionário e seus véus transparentes; e onde finalmente acabou encontrando o reconhecimento que buscava quando se apresentou no teatro Sarah Bernhardt. Rapidamente conseguiu fechar contratos para se apresentar na Alemanha, Hungria, Rússia, Grécia e uma turnê por cidades da Boêmia.

Ela e seus filhos Dierdre e Patrick, em 1913A bailarina promoveu uma reviravolta não só na dança como também nos costumes. Dona de uma postura irreverente, provocou a ira conservadora de muitos. Era avessa à instituição do casamento e diz em sua autobiografia: “Comecei a observar o rosto das senhoras casadas, amigas de minha mãe, e não houve um em que eu não achasse a marca do monstro de olhos verdes e os estigmas da escravidão. E fiz o voto de jamais me rebaixar a situação tão degradante, ainda que isso viesse me custar, com de fato veio, uma quebra de relações com minha mãe e a incompreensão do mundo”. Ela causou escândalo na época por seus tórridos casos amorosos com diversos amantes, entre eles o produtor teatral Gordon Graig, com quem teve sua filha Deirdre; e o milionário herdeiro do império das máquinas de costura, Paris Singer, pai de Patrick. Seu espírito livre tornou-se símbolo da independência feminina.
Funda em 1904 sua primeira escola de dança, em Grunewald, na Alemanha, dirigida por sua irmã Elizabeth. Isadora dava preferência para meninas pobres e cuidava de suas necessidades materiais e físicas, além do ensino acadêmico tradicional. Estas meninas eram conhecidas como “Les Isadorables”, algo como “As Isadoráveis”, que demonstra o carinho que ela tinha pelas crianças.
Desde o início da carreira, Isadora sempre pensou investir seus ganhos na educação de jovens, aperfeiçoando novos talentos.
"Les Isadorables", da escola de GrunewallApesar da escola, Isadora continuou trabalhando ativamente e se apresentou com sua companhia em todas as principais capitais européias e diversas cidades dos Estados Unidos, sendo ovacionada por onde passava.
Desgraçadamente, em 1913, seus dois filhos, Deirdre e Patrick, morreram afogados quando o carro em que estavam caiu dentro do rio Sena, juntamente com sua governanta. Profundamente abalada, a bailarina cancelou todas suas apresentações e permaneceu durante meses afastada dos palcos. Um ano depois sua tragédia continuou, quando deu à luz um terceiro bebê do sexo masculino, que morreu poucas horas após o parto.
Quando explodiu a Primeira Guerra Mundial, Duncan retornou aos Estados Unidos para realizar uma turnê com sua companhia, mas foi barrada no aeroporto pelo fato de suas bailarinas serem alemãs. Para resolver a questão, Isadora adotou todas as seis garotas.
Em 1916 excursionou também pela América do Sul, e chegou a fazer uma apresentação no Brasil, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

O chamado dos sovietes
Isadora na Escola Soviética de Dança, em MoscouDepois do final da guerra, Isadora partiu para mais um turnê européia, e vivia em Paris novamente quando, na primavera de 1921 recebeu um telegrama do governo soviético que dizia: “Só o governo dos sovietes é capaz de compreendê-la. Venha para nós. Faremos aqui sua escola. Amizade. Assinado: Anatol Lunatcharski, comissário do povo na Instrução Pública encarregado das belas-artes.”
Ao que ela respondeu: “Aceito. Irei à Rússia, ensinarei suas crianças. Quero apenas que me dêem um estúdio e o dinheiro indispensável para trabalhar”. A resposta do governo soviético foi “sim”, e Isadora partiu imediatamente de navio para Moscou.
Chegando lá, o Comissariado da Educação lhe destinou o palácio Balachova, um casarão de dois andares, onde cerca de mil crianças estavam matriculadas. Em 1921 era fundada a Escola Soviética de Dança, em Moscou.
A seguir, saiu em mais uma turnê pelos Estados Unidos, a qual foi abreviada em virtude da polêmica que causavam seus discursos em favor da União Soviética. "Amo a Rússia, porque a Rússia possui tudo o que falta aos Estados Unidos...” disse ela em discurso. E em sua última entrevista ela ainda afirmou: “Não vejo a hora de chegar à União Soviética. Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira... Na Rússia, temos liberdade. O povo americano ainda não sabe o que é isso...”
Isadora Duncan e Sergei IessieninNo ano seguinte casou-se com o poeta soviético Serguei Iesienin. A despeito do que se costuma afirmar a seu respeito, esta não foi uma contradição no seu comportamento transgressor. Em sua autobiografia ela afirma: “Uma das melhores coisas realizadas pelo governo dos Sovietes foi a abolição do casamento. Duas pessoas que querem fazer uma vida em comum, deixam seus nomes em um livro onde há impresso logo abaixo a seguinte declaração: ‘Esta assinatura não implica qualquer responsabilidade das partes e pode ser anulada por simples pedido de um dos interessados’. Esta espécie de casamento é a única que pode convir a uma mulher de espírito emancipado, e não foi de outra maneira que eu compreendi e realizei.”
Esta sua união foi tempestuosa e durou cerca de dois anos, culminando com o suicídio do poeta em 1925, que se matou enforcado com a correia de sua mala um ano após o final do relacionamento dos dois.
Após a separação, Isadora voltou para a França e passou seus últimos anos na cidade de Nice, na Riviera francesa. Nessa época havia já abandonado os palcos e atravessava uma fase de decadência, tomando remédios e vivendo entregue ao alcoolismo. Escreveu em 1927 o livro autobiográfico “Minha vida”, em que relata os principais fatos de sua vida e carreira até o momento em que vai para a União Soviética.
Bailarinas da companhia de Isadora DuncanAclamada como iniciadora do balé moderno e um espírito vivo da dança, discriminada pela postura independente e revolucionária, inspirou poetas e artistas e é ainda hoje um ícone de sua época.
Em 14 de setembro de 1927, aos 49 anos, morreu da mesma forma espetacular como viveu. Estava instalada no banco traseiro de seu carro conversível, que era dirigido por seu motorista. O xale enrolado ao seu pescoço dançava ao vento quando as franjas do xale enroscaram-se na roda do veículo. Sua cabeça foi lançada para trás e a nuca foi quebrada. Morreu estrangulada. Ironicamente, desde a morte de seus filhos, Deidre e Patrick, ela se recusava a entrar em carros fechados.
Em homenagem à bailarina, foi criada em 1979, a Isadora Duncan Dance Foundation, em Nova Iorque. Os arquivos pessoais de Isadora Duncan estão atualmente no Lincoln Center, também em Nova Iorque.
Veja aqui a cena de um espetáculo de balé moderno feito em homenagem à Isadora Duncan, em que se pode ter uma idéia da técnica desenvolvida por ela.
Fonte:
http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=152
Winkpedia
http://www.claucarlsen.com/IsadoraDuncan/Isadora.htm

17 comments:

  1. Adorei esta sua postagem pois li-a com agrado.Duncan foi realmente uma inovadora na arte da dança e uma mulher corajosa por ir contra os convencionalismos da época tanto na dança como na maneira de viver.
    Receba os parabéns pelo seu trabalho.
    Um grande abraço

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  2. Olá! Maravilhosa a história de Isadora...doce e forte bailariana. Um ótimo exemplo para as mulheres de seu tempo e pq não do nosso...
    Até..

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  3. Este não foi somente um post.
    Foi uma aula maravilhosa...
    E com a música (cujo nome não sei, mas é do maravilhoso filme "O sorriso de Monalisa"), ficou ainda mais gostoso de ler.
    Parabéns!

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  4. Boa iniciativa!
    Assim dá a oportunidade a pessoas como eu de aumentar a minha cultura a a minha admiração por vocês mulheres, que tornam o mundo melhor.
    Passando pra deixar um beijo e matar as saudades!
    Boa semana!

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  5. ¡Qué gran resumen de la vida de Isadora Duncan, tan importante para el desarrollo de la danza moderna!

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  6. Sou fã de balé! Queria muito ter sido uma bailarina...

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  7. Boa história, desconhecia essa bailarina, sempre bom adquirir repertório...

    http://pontodcom.blogspot.com/

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  8. Caraca que mulher em!
    Naquela época ela fez uma reforma daquelaas! Tá de parabéns pela luta e por tudo que enfrentou!

    Adorei o estilo do seu blog, os elementos se interagem muito beem!

    Beijos

    PS: comu do orkut

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  9. Não a conhecia.
    Mas gostei de ler o que escreveu e de saber um pouco mais sobre a vida dessa bailarina! Um exemplo de mulher

    http://maynabuco.blogspot.com

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  10. muito interessante.

    estou pastando pra tentar criar uma página no jornal em especial ao dia das mulheres.

    esse blog é muito bom :D

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  11. tb gosto de arte e do sorriso da Monalisa.... Parabens!!!!

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  12. Q vontade de escrever eim...

    Aki vai uma sugestao: o texto tem q ser menor, para atrair leitores...

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  13. João, a ideia desse blog é dar informações aos que são apaixonados pelo mundo da arte e literatura.
    Quando alguém se interessa por um assunto, lê um livro de 3.ooo páginas sem notar,rsss. A maior parte dos leitoresa desse blkog são assim, diferenciados e amantes da leitura.
    Não vou diminuir as postagens pois procuro deixar imprimido o máximo de informações possiveis.Beijokas e obrigada pela visita.
    BENO
    RICARDO
    EUZER
    OSCAR
    PEDRO
    ALCIONE
    DANILO
    mAYRA
    MAYNA
    LILIANE E MARTINHA.
    Obrigada pela visita e voltem sempre.bjkas

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  14. Belissimo texto!
    Devo confessar que só conhecia ela por conta de sua causa mortis.
    Claro, sempre diziam que ela era A Bailarina, mas nunca vi ninguem se aprofundar quanto você.
    Merece um premio!
    Vou premiar seu post no proximo post meu!

    http://rafaelportillo.blogspot.com

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  15. muito boa a reportagem, é muito bom ver pessoas como ela que expressam através da arte, sentimentos e emoções tão importante para nós!! bjs


    http://repostasnuncaperguntadas.blogspot.com/

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  16. Naninhaaaaaaaa!!

    Saudade de ti!

    Tem presentinho pra ti no OtherSide, corre lá!

    Beijos!!

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  17. Meu Deus ameiiiiiiiii seu postagem Nana vc é d++......... Que essencia maravilhosa que vc esta colocando sda arte.. meus parabens me emocionei mto com balé/dança as musicas são profundas e da vontade de dançar e num parar mais . Obrigada por me proporcionar esse momento maravilhoso...
    Michele Almeida

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