Friday, July 20, 2007

A MINHA MELHOR AMIGA-SAUDADES!





COMO SUPORTAR,COMO SALVAR O VISIVEL , SENÃO FAZENDO DELE A LINGUAGEM DA AUSÊNCIA, DO INVISÍVEL?
RAINER MARIA RILKE

SOBRE ESCREVER...RAINER MARIA RILKE




CARTA A UM JOVEM POETA


"Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite:"Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, a dizer o que vê, vive, ama e perde. (...)"






"No mundo, a coisa é determinada, na arte ela o deve ser mais ainda: subtraída a todo o acidente, libertada de toda a penumbra, arrebatada ao tempo e entregue ao espaço, ela se torna permanência, ela atinge a eternidade. (...)"


Rainer Maria Rilke

Sunday, July 08, 2007

SOBRE AS ÁRVORES E O ESPAÇO-RILKE E BACHELARD

FÈRIAS.GRAÇAS A DEUS !! MAIS UMA ETAPA VENCIDA,APESAR DO CANSAÇO O SEMESTRE FOI BASTANTE PRODUTIVO.HOJE TIVE TEMPO DE OBSERVAR AS COISAS EM MINHA VOLTA.ESTAMOS NO INVERNO E AQUI EM BRASILIA,ASSIM COMO EM TODO PLANALTO CENTRAL O CLIMA ESTA SECO E QUENTE DURANTE O DIA E FRIOZINHO A NOITE.A PAISAGEM MUDOU."CAMBIA,TUDO CAMBIA",AS FLORES DAS PAINEIRAS SE FORAM,OS FRUTOS JA SE ABRIRAM EM ALGODÃO E AS ARVORES LARGAM-SE DESFOLHANDO-SE,PARA SUPORTAR A DURA SECA QUE VEM POR AI.ESTÃO BELAS,APARENTEMENTE SECASM AS INFINITAMENTE BELAS.SEM AS FOLHAS PODEMOS OBSERVA-LAS EM CONTRASTE COM O CÉU AZUL INTENSO.ABREM ESPAÇO PARA A OBSERVAÇÃO.ME LEMBREI DE GASTON BACHELARD EM SEU LIVRO POÉTICA DO ESPAÇO FALA ALGO SOBRE POETAS, ESSE ESPAÇO,ÁRVORES E AS COISAS QUE NOS CERCAM.

"OS POETAS,NOS AJUDARAM A DESCOBRIR EM NÓS UMA ALEGRIA TÃO EXPANSIVA DE CONTEMPLAR QUE ÁS VEZES, DIANTE DE UM OBJETO PRÓXIMO, VIVEREMOS O ENGRANDECIMENTO DE NOSSO ESPAÇO INTIMO[...]A ÁRVORE, COMO TODO SER VERDADEIRO, É APREENDIDA EM SEU SER "SEM LIMITE".SEUS LIMITES, NÃO PASSAM DE ACIDENTES. CONTRA O ACIDENTE DOS LIMITES, A ÁRVORE TEM NECESSIDADE DE QUE LHE DÊS TUAS IMAGENS SUPERABUNDANTES, ALIMENTADAS POR TEU ESPAÇO INTIMO[...]NO MUNDO DO SONHO, A ÁRVORE NUNCA SE ESTABELECE COMO SER ACABADO [...]ASSIM A ÁRVORE TEM SEMPRE UM DESTINO DE GRANDEZA. ESSE DESTINO, ELA O PROPAGA. A ÁRVORE FAZ CRESCER AQUILO QUE A RODEIA{...]



O ESPAÇO,FORA DE NÓS,GANHA E TRADUZ AS COISAS:
SE QUISERES CONQUISTAR A EXISTENCIA DE UMA ÁRVORE,
REVESTE-A DE ESPAÇO INTERNO, ESSE ESPAÇO
QUE TEM SEU SER EM TI.CERCA-A DE COAÇÕES.
ELA NÃO TEM LIMITE, E SÓ SE TORNA REALMENTE UMA ÁRVORE
QUANDO SE ORDENA NO SEIO DA TUA RENÚNCIA.

[...] ATRAVÉS DE NÓS ALÇAM VÔO
OS PÁSSAROS EM SILÊNCIO. O,EU, QUE QUERO CRESCER,
OLHO PARA FORA, E A ÁRVORE CRESCE EM MIM.

ESSAS ÁRVORES SÃO MAGNIFICAS,MAS MAIS MAGNIFICO AINDA É O ESPAÇO SUBLIME E PATÉTICO ENTRE ELAS,COMO SE, COM SEU CRECIMENTO, ELE AUMENTASSE TAMBÉM


RILKE




FONTE:A POÉTICA DO ESPAÇO-GASTON BADHELARD p. 202/205

Thursday, July 05, 2007

ARTE- IMAGEM EM MOVIMENTO

Chamada de Sétima Arte ,o cinema ,teve sua origem e desenvolveu-se cientificamente antes que suas possibilidades artísticas e comerciais fossem conhecidas e exploradas.Peter Mark Roget em 1824 publicou um importante trabalho intitulado Persistência da visão no que tange aos objetos em movimento, no qual afirmava que o olho humano retém as imagens durante uma fração de segundo posterior ao momento em que elas desaparecem de seu ângulo de visão.Essa foi uma das primeiras conquistas científicas que levaram diretamente ao desenvolvimento do cinema. Essa descoberta estimulou vários cientistas a inventar diversos meios capazes de demonstrar o princípio.Nas primeiras experiencias,concretamente , descobriu-se que se 16 imagens estáticas de um movimento que transcorre em um segundo são passadas sucessivamente também em um segundo, a persistência da visão as une, fazendo com que sejam vistas como uma só imagem em movimento. A máquina mais elaborada foi o praxinoscópio, do inventor francês Charles Émile Reynaud. Ele consistia em um tambor giratório com um aro dotado de espelhos colocado no centro e os desenhos colocados na parede interior. Conforme se girava o tambor, os desenhos pareciam animar-se.



O estilo documentalista dos irmãos Lumière e as fantasias teatrais de Méliès fundiram-se nas ficções realistas do inventor americano Edwin S. Porter, que produziu o primeiro filme interessante de seu país, Great train robbery, em 1903. Esse filme teve um grande êxito e muito contribuiu para que o cinema se transformasse em um espetáculo de massa. As pequenas salas de exibição, conhecidas como "cinema poeira", espalharam-se pelos Estados Unidos e o cinema começou a firmar-se como indústria.

CENAS DE GREAT TRAIN ROBERRY-


CINEMA MUDO

Entre 1909 e 1912, todos os aspectos da nascente indústria ficaram sob o domínio de um truste americano, a Motion Pictures Patents Company. O grupo dissolveu-se em 1912, permitindo assim que os produtores independentes pudessem formar suas próprias empresas de distribuição e exibição. A imensa maioria dos filmes era ou do gênero faroeste, ou comédias pastelão, ou elegantes melodramas. Mack Sennett chegou a ser então o rei da comédia e um grande descobridor de talentos; entre eles, Gloria Swanson, Harold Lloyd e Charlie Chaplin. Este, junto com Mary Pickford e Douglas Fairbanks, fundou a produtora United Artists, precursora do star system e iniciadora da época de ouro de cinema mudo.



Lilian Gish - dirigida por D.W.,cineasta mais influente desse período foi o produtor e diretor , que aperfeiçoou os elementos até então empregados para fazer cinema.



Charles Chaplim torna-se a referencia de linguagem cinematografica.



CINEMA SONORIZADO


Em 1926, a produtora Warner Brothers lançou o primeiro sistema sonoro eficaz, conhecido como Vitaphone, e em 1927 produziu O cantor de jazz, de Alan Crosland, protagonizado por Al Jolson. Em 1931, surgiu o sistema Movietone, que passou a ser adotado como padrão. A transição do cinema mudo para o sonoro foi tão rápida que muitos dos lançamentos distribuídos entre 1928 e 1929, que tinham começado seu processo de produção como filmes mudos, foram sonorizados depois para adequar-se a uma demanda crescente.





O filme King-Kong, de 1933, primeira produção a fundir diálogos, ruídos e música




A maioria dos diretores da década de 1930 preocupou-se sobretudo em proporcionar em seus filmes meios para fazer brilhar os astros e estrelas mais famosos, como Katharine Hepburn, Bette Davis, Humphrey Bogart, Joan Crawford e Clark Gable, cujas personalidades eram apresentadas perante a opinião pública como uma extensão dos personagens que interpretavam. Os filmes baseados em romances de sucesso, na verdade dramalhões românticos, alcançaram seu ponto máximo na década de 1930.



CASABLANCA

Um cineasta americano oriundo do rádio, o roteirista-diretor-ator Orson Welles, surpreendeu já em sua primeira obra, com seus novos enquadramentos, perspectivas de câmera e efeitos de som, entre outras inovações, que ampliaram consideravelmente a linguagem cinematográfica. Seus filmes, Cidadão Kane (1941) e Soberba (1942) tiveram uma influência capital na obra dos cineastas posteriores de Hollywood e do mundo inteiro.


CIDADÃO KANE

TECHNICOLOR

As experiências com filme colorido haviam começado já em 1906, mas só como curiosidade. Os sistemas experimentados, como o Technicolor de duas cores, foram decepcionantes e fracassaram na tentativa de entusiasmar o público. Mas por volta de 1933, o Technicolor foi aperfeiçoado com um sistema de três cores comercializável, empregado pela primeira vez no filme Vaidade e beleza (1935), de Rouben Mamoulian. Na década de 1950, o uso da cor generalizou-se tanto que o preto e branco ficou praticamente relegado a "pequenos" filmes.



FILMES DE ROUBEN MAMOULIAN


CINEMASCOPE

Em 1953, a Twentieth Century-Fox estreou com seu filme bíblico O manto sagrado, de Henry Koster, um sistema novo denominado CinemaScope, que iniciou a revolução dos formatos panorâmicos que, em geral, usavam apenas uma câmera, um único projetor e um filme padrão de 35 mm, adaptando-se mais facilmente a todos os sistemas.

O impacto do cinema europeu sobre os cineastas americanos e a posterior decadência do sistema de grandes estúdios foram as duas linhas de força que, durante as décadas de 1960 e 1970, fizeram mudar o estilo do cinema americano.

Surgiu uma nova geração de realizadores sob a influência das tendências européias e com o desejo de trabalhar com diferentes distribuidores. Muitos deles realizaram filmes de grande qualidade. Pode-se citar Stanley Kubrick, Woody Allen, Arthur Penn, Francis Ford Coppola e Martin Scorsese.



Fontes:Cinema-imagem e movimento-Gilles Deleuze
http://www.saocarlosoficial.com.br/_usr/raspa/historia.htm