Tuesday, March 25, 2008

Vicent por Vincent

Poucos artistas interessaram-se tanto pelo auto-retrato quanto Vincent Van Gogh.
Escolhi essa imagem em especial por que é irresistívelmente linda. È pura e real,percebemos o rosto do artista a barba ruiva e áspera, a boca com toda sua infelicidade, as pálpebras caidas pela tristeza.
O rosto é bem definido mas todo o restante vai se perdendo num soverdouro azul que vão em redemoinhos tomando conta de toda tela.
Van Gogh pintou essa tela logo depois de seu colapso emocional em Arles quando ele esteve com seu grande amigo o pintor Paul Gauguin e violentamente decepou a sua própria orelha. Isso foi em Maio de 1889.
Ele pintou dois auto-retratos nesse mesmo mês e apesar de todo o sofrimento mental que o afligia, essa tela mostra toda a habilidade no uso das cores, dos contrastes, o traço sensível e maturidade como pintor e isso ninguém pode negar que só podia ser produzido por alguém com um intelecto superior mesmo em detrimento de seu desequilibrio mental.

Agora vamos dar uma olhada mais de perto nessa bela obra de arte do periodo Pós-impressionaista.

O Uso do verde muito vivo no olho dá um toque estranho e surpreendente. O verde trabalha com nosso foco, nos atraindo para o olhar firme e penetrante de Vincent.
A estrutura do olho é vigorosamente rasa; uma linha reta e escura define o aspecto sombrio e pesado do olhar.
O verde ácido do rosto, chocando-se com o vermelho dos cabelos e da barba nos dá uma uma sensação de um ser em eterna agitação.
Atendem para as pinceladas, todas foram dadas lado a lado sem fusão ou moderação.
Nesse periodo em uma de suas cartas ao irmão Theo ele declarou seu desejo de pintar retratos com a mesma vitalidade dos trabalhos de Delacroix: "associado duas cores complementares, sua mescla e sua oposição [têm-se] as misteriosas vibrações de tons análogos". Nessa época Vincent acabou inovando a forma de usar as cores pois ele as usava baseadas nos atributos expressivos inerentes à cor.

Os redemoinhos em combinação de cores frias com predominancia do cinza-prata,verde-prata, azuis. Laranja é a cor complementar de azul, assim os cabelos de Vincent resplandecem como labaredas. Tudo que em volta da cabeça é atenuado nessa pintura de grandes constrates. O fundo se diferencia do dorso apenas pela textura que as pinceladas em aspirais produzem pois as cores são exatamente as mesmas do corpo. Notem que o seu terno e camisa abotoada nos da a impressão que ele estava sendo cuidado .























Van Gogh nos presenteia com belas combinações de cores e durante toda a sua vida ele as usou com grande variedade.Algumas dessas cores, não eram resistentes a luz e com o tempo o seu carater efemero deu lugar as cores mais pálidas. Dizem que ele possuia uma caixa de fios lã coloridas e as trançavam para ver os possíveis efeitos que elas tinham uma ao lado da outra.Com certeza o uso de tantas cores, demonstravam a gama de emoções por que passava esse gênio da história das artes visuais.
Essa tela possue 65 cm x 54 e foi pintada em Maio de 1889 em Julho deste mesmo ano ele suicidou-se.

Na caixinha de música de hoje deixo a bela canção que Don M'Clean escreveu ao admirar as obras de Vincent principalmente ao saber de sua história de vida.

Saturday, March 15, 2008

Pode o grotesco ser belo? Mark Ryden nos faz pensar.


Hoje vamos  passear pelos trabalhos de   Mark Ryden.


 Artista contemporâneo, americano, jovem, que se vale da dicotomia, do paradoxo, do incomum e do intrigante para fazer seus trabalhos.
Temos uma tendência natural de rejeitar,repudiar tudo que é diferente, tudo que escapa do padrão normal e muitas vezes isso pode nos levar ao preconceito, umas das pragas humanas.

Na maioria das vezes nem nos damos chance de lançar um segundo olhar...Chamamos de grotesco,tosco, tudo que não é comum a nossa noção estética ocidental ou nossa filosofia de vida e convicções.

Mas voltando ao Mark Ryden, não há quem fique apático ou passivo diante de suas criações que misturam ingenuidade,inocência, o bizarro, grotesco, violência e muita ironia.

Os trabalhos de Mark Ryden possuem característica underground, de surrealismo,pop , com pitadas de técnicas de luz e sombra que nos remete ao Renascimento e isso traz sofisticação ao seu trabalho.

Extremamente provocativo, seus temas possuem signos e imagens do mundo pós-moderno,do budismo,cristianismo, invocam lembranças da infância, tem um toque de ingenuidade, desordenam nossas emoções,incitam o subconsciente,trabalha com o nosso imaginário, com o sensual, critica dogmas e moral judáico-cristã, ironiza hábitos comuns da nossa sociedade, o consumismo...

Seu trabalho foi feito para ser olhado várias vezes e de preferencia  desprovido de preconceitos.
Há neles uma riqueza de detalhes,boa parte com características de caricatura, as personagens sempre ou quase sempre são infantilizadas,muito sangue,carnes expostas, e todo o conjunto incomoda o olhar.
Há quem o ache diabólico, outros genial.
Seu trabalho resgata  o lado sinistro que há no mundo inocente e frágil da infancia.:medos, pesadelos, fantasias, essas coisas que muito nos impressiona em  nossa imaginação quando criança.faz tudo isso  aliado a uma  delicada acidez critica  que é desconcertante.
Ele fez trabalhos para grandes artistas pop star como por exemplo, o Michael Jackson no album Dangerous, para a banda Red Hot Chilli Peppers os  Stones.

Apesar de fugir do lugar comum do que se chama' beleza' , há que se perceber muita  poesia nesse trabalho.
Se é belo ou não  pouco importa, prefiro ficar com Manoel de Barros que diz  :."que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."

E voce o que acha?

Saturday, March 01, 2008

Isadora Ducan e a poética do movimento

Estamos próximos ao Dia Internacional da Mulher e andei pensando em algumas figuras femininas que me encantam pela poética de suas obras e vida.Uma delas é essa mulher .
Bailarina,livre e solta,exótica e sensível.È a "mãe" da dança moderna.


"Dancarina, aventureira, revolucionária, defensora ardente do espírito poético, Isadora Duncan tem sido uma das mais duradouras influências no século 20. Ironicamente, a magnitude de suas realizacões como artista, assim como a sua vida excitante e trágica tem a tendência de desviar nossa atencão da originalidade, profundidade e ousadia de seu pensamento.Isadora foi pensadora e poeta, com um dom de vívida imaginacão poética, desafiando radicalmente "as coisas como elas são", e com a habilidade de expressar suas idéias com entusiasmo e humor. Para melhor entender Isadora, ela foi uma teórica da danca, uma crítica da sociedade, cultura e educacão modernas e uma campeã na luta pelos direitos das mulheres, revolucão social e realizacão da poesia na vida cotidiana.
Praticamente sozinha, Isadora devolveu a danca a um lugar elevado entre as artes. Quebrando as regras, Isadora levou a arte da danca de volta as suas raízes de arte sagrada.Ela desenvolveu, dentro dessa idéia, movimentos livres e naturais inspirados pelas artes clássicas gregas, dancas folclóricas e sociais e forcas da natureza. Com roupas leves e esvoacantes, pés descalcos e cabelos soltos, Isadora Duncan deu à danca nova vida, usando o plexo solar e o dorso como geracão de forca para ser seguida por todos os movimentos.Sua celebrada simplicidade era oceânica em sua profundidade, e a Isadora é dado o crédito pela invencão do que mais tarde veio a ser conhecido como Danca moderna."

"Imagine então uma dancarina que, após longo estudo, oracão e inspiracão tenha atingido tal grau de entendimento que seu corpo seja simplesmente a luminosa manifestacão de sua alma, cujo corpo danca de acordo com uma música ouvida internamente, em uma expressão de um outro mundo, mais profundo. Essa é a dancarina verdadeiramente criativa, natural mas não imitativa, falando em movimento de dentro de seu ser e de dentro de algo maior do que todos os seres."
"Eu passei longos dias e noites no Studio, em busca daquela danca que poderia ser a divina expressão do espírito humano através do movimento do corpo. Por horas eu poderia ficar totalmente imóvel, minhas duas mãos cruzadas sobre o meu peito, cobrindo o plexo solar... Eu estava buscando e finalmente encontrei a mola central de todo movimento, a unidade a partir da qual toda a diversidade de movimentos é criada, o espelho da visão para a criacão da danca."
My Life, 1928



Ela causou escândalo em sua época ao trocar os Estados Unidos pela União Soviética, afirmando: “Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira.”

Isadora Duncan era a segunda dos quatro filhos do poeta Joseph Charles e da pianista e professora de música Dora Gray Duncan. Nasceu em 1978, em São Francisco, e viveu uma infância atípica para os padrões da época. Filha de pais divorciados, ela, a irmã e os dois irmãos, foram criados na pobreza por sua mãe solteira, e além de receberem a educação formal, a mãe fazia questão de dar-lhes desde cedo, aulas particulares de literatura, poesia, música e artes plásticas.
Isadora Duncan - 1904Quando ela tinha ainda quatro anos, começou a freqüentar aulas de balé clássico. Na adolescência se apresentava acompanhada dos três irmãos ao som do piano de sua mãe. Desde cedo ela dava mostras de um temperamento transgressor, que a leva a abandonar as convenções do balé da época. As técnicas convencionais do balé clássico e romântico eram extremamente rígidas. Pedia a utilização do espaço geométrico do palco de maneira axial simétrica, durante as apresentações, o homem era sempre o líder e condutor dos movimentos, auxiliando também as mulheres, que deveriam preservar uma dança discreta, e o andar suave.
Aos 11 anos, a jovem Isadora já apresentava uma sensibilidade muito particular, desenvolvendo uma maneira própria de dança. Nessa idade começou também a dar aulas de sua nova técnica. Isadora considerava antiquadas as técnicas clássicas e as sapatilhas de ponta, além de serem incômodas e deformarem o corpo feminino. Foi ela a primeira manifestação substancial do movimento de ruptura que surgiria dentro do balé e que buscava uma forma de dança mais livre e expressiva. Nas palavras dela: "A beleza da arte não é feita de ornamentos, mas daquilo que flui da alma humana inspirada e do corpo que é seu símbolo..."


O surgimento do balé moderno

Em sua aversão pelo balé clássico chegou ao extremo de afirmar: "eu sou inimiga do balé, o qual considero arte falsa e absurda, que de fato está fora de todo o âmbito da arte". Ao romper com os padrões clássicos, Isadora Duncan propõe uma dança liberta de espartilhos, meias e sapatilhas de ponta, apresentando-se em espetáculos solo baseados em improvisações, dando ênfase aos gestos corporais assimétricos. Seus movimentos eram inspirados nos fenômenos na natureza, como o fluir das ondas do mar, do vento, e força das tempestades.

Para sua nova expressividade, Duncan foi buscar referências nas danças rituais da Grécia antiga. Passou a dançar de pés descalços vestindo apenas coloridas túnicas de seda, o que causou escândalo entre a conservadora mentalidade da época. Sua semelhança com as danças gregas podem ser conferidas através da comparação das antigas lápides de dançarinas gregas em rituais dionisíacos com fotos das dançarinas que seguiram a linha de balé iniciada por Isadora Duncan. Revolucionou ainda o repertório musical do que era considerado apropriado para temas de dança, e incorporou a seus trabalhos, peças como as de Chopin e Wagner, que na época eram executadas tão somente para serem ouvidas. “Tive três grandes mestres, os três grandes precursores da dança no nosso século: Beethoven, Nietzsche e Wagner”, dizia ela, que gostava de citar o filósofo Friedrich Nietzsche entre os compositores alemães. Inovou também a estética do palco, utilizando tão somente uma cortina azul como cenário, que visava reforçar a importância da expressividade do dançarino sem recorrer a subterfúgios que ela considerava artificiais e “vazios”.

Durante o desenvolvimento de sua carreira, cada vez mais caminhava para um estilo pessoal único. Visando realçar a emoção do dançarino, valorizou os movimentos espontâneos, mas não ausentes de técnica. Para aperfeiçoar seu balé, se entregou a estudos aprofundados sobre a origem da dança e suas diversas expressões em diferentes culturas, tais estudos resultaram em uma série de textos e ensaios teóricos sobre a dança, o papel da cultura e a vinculação com seu trabalho. "Desde o início sempre dancei minha vida", disse ela, certa vez, demonstrando a maneira particular como encarava a sua arte.
O sucesso na Europa
Quando completou 18 anos, procurando expandir sua carreira, Duncan se mudou para Chicago, onde foi contratada por Augustin Daly, o maior empresário teatral da época.
Com ele, fez diversas excursões, passou por Nova Iorque e Londres onde dançava também em reuniões organizadas por damas da alta sociedade que a levaram em 1900, para Paris. Com sua chegada à França, desde sua primeira apresentação causou grande polêmica com seu balé revolucionário e seus véus transparentes; e onde finalmente acabou encontrando o reconhecimento que buscava quando se apresentou no teatro Sarah Bernhardt. Rapidamente conseguiu fechar contratos para se apresentar na Alemanha, Hungria, Rússia, Grécia e uma turnê por cidades da Boêmia.

Ela e seus filhos Dierdre e Patrick, em 1913A bailarina promoveu uma reviravolta não só na dança como também nos costumes. Dona de uma postura irreverente, provocou a ira conservadora de muitos. Era avessa à instituição do casamento e diz em sua autobiografia: “Comecei a observar o rosto das senhoras casadas, amigas de minha mãe, e não houve um em que eu não achasse a marca do monstro de olhos verdes e os estigmas da escravidão. E fiz o voto de jamais me rebaixar a situação tão degradante, ainda que isso viesse me custar, com de fato veio, uma quebra de relações com minha mãe e a incompreensão do mundo”. Ela causou escândalo na época por seus tórridos casos amorosos com diversos amantes, entre eles o produtor teatral Gordon Graig, com quem teve sua filha Deirdre; e o milionário herdeiro do império das máquinas de costura, Paris Singer, pai de Patrick. Seu espírito livre tornou-se símbolo da independência feminina.
Funda em 1904 sua primeira escola de dança, em Grunewald, na Alemanha, dirigida por sua irmã Elizabeth. Isadora dava preferência para meninas pobres e cuidava de suas necessidades materiais e físicas, além do ensino acadêmico tradicional. Estas meninas eram conhecidas como “Les Isadorables”, algo como “As Isadoráveis”, que demonstra o carinho que ela tinha pelas crianças.
Desde o início da carreira, Isadora sempre pensou investir seus ganhos na educação de jovens, aperfeiçoando novos talentos.
"Les Isadorables", da escola de GrunewallApesar da escola, Isadora continuou trabalhando ativamente e se apresentou com sua companhia em todas as principais capitais européias e diversas cidades dos Estados Unidos, sendo ovacionada por onde passava.
Desgraçadamente, em 1913, seus dois filhos, Deirdre e Patrick, morreram afogados quando o carro em que estavam caiu dentro do rio Sena, juntamente com sua governanta. Profundamente abalada, a bailarina cancelou todas suas apresentações e permaneceu durante meses afastada dos palcos. Um ano depois sua tragédia continuou, quando deu à luz um terceiro bebê do sexo masculino, que morreu poucas horas após o parto.
Quando explodiu a Primeira Guerra Mundial, Duncan retornou aos Estados Unidos para realizar uma turnê com sua companhia, mas foi barrada no aeroporto pelo fato de suas bailarinas serem alemãs. Para resolver a questão, Isadora adotou todas as seis garotas.
Em 1916 excursionou também pela América do Sul, e chegou a fazer uma apresentação no Brasil, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

O chamado dos sovietes
Isadora na Escola Soviética de Dança, em MoscouDepois do final da guerra, Isadora partiu para mais um turnê européia, e vivia em Paris novamente quando, na primavera de 1921 recebeu um telegrama do governo soviético que dizia: “Só o governo dos sovietes é capaz de compreendê-la. Venha para nós. Faremos aqui sua escola. Amizade. Assinado: Anatol Lunatcharski, comissário do povo na Instrução Pública encarregado das belas-artes.”
Ao que ela respondeu: “Aceito. Irei à Rússia, ensinarei suas crianças. Quero apenas que me dêem um estúdio e o dinheiro indispensável para trabalhar”. A resposta do governo soviético foi “sim”, e Isadora partiu imediatamente de navio para Moscou.
Chegando lá, o Comissariado da Educação lhe destinou o palácio Balachova, um casarão de dois andares, onde cerca de mil crianças estavam matriculadas. Em 1921 era fundada a Escola Soviética de Dança, em Moscou.
A seguir, saiu em mais uma turnê pelos Estados Unidos, a qual foi abreviada em virtude da polêmica que causavam seus discursos em favor da União Soviética. "Amo a Rússia, porque a Rússia possui tudo o que falta aos Estados Unidos...” disse ela em discurso. E em sua última entrevista ela ainda afirmou: “Não vejo a hora de chegar à União Soviética. Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira... Na Rússia, temos liberdade. O povo americano ainda não sabe o que é isso...”
Isadora Duncan e Sergei IessieninNo ano seguinte casou-se com o poeta soviético Serguei Iesienin. A despeito do que se costuma afirmar a seu respeito, esta não foi uma contradição no seu comportamento transgressor. Em sua autobiografia ela afirma: “Uma das melhores coisas realizadas pelo governo dos Sovietes foi a abolição do casamento. Duas pessoas que querem fazer uma vida em comum, deixam seus nomes em um livro onde há impresso logo abaixo a seguinte declaração: ‘Esta assinatura não implica qualquer responsabilidade das partes e pode ser anulada por simples pedido de um dos interessados’. Esta espécie de casamento é a única que pode convir a uma mulher de espírito emancipado, e não foi de outra maneira que eu compreendi e realizei.”
Esta sua união foi tempestuosa e durou cerca de dois anos, culminando com o suicídio do poeta em 1925, que se matou enforcado com a correia de sua mala um ano após o final do relacionamento dos dois.
Após a separação, Isadora voltou para a França e passou seus últimos anos na cidade de Nice, na Riviera francesa. Nessa época havia já abandonado os palcos e atravessava uma fase de decadência, tomando remédios e vivendo entregue ao alcoolismo. Escreveu em 1927 o livro autobiográfico “Minha vida”, em que relata os principais fatos de sua vida e carreira até o momento em que vai para a União Soviética.
Bailarinas da companhia de Isadora DuncanAclamada como iniciadora do balé moderno e um espírito vivo da dança, discriminada pela postura independente e revolucionária, inspirou poetas e artistas e é ainda hoje um ícone de sua época.
Em 14 de setembro de 1927, aos 49 anos, morreu da mesma forma espetacular como viveu. Estava instalada no banco traseiro de seu carro conversível, que era dirigido por seu motorista. O xale enrolado ao seu pescoço dançava ao vento quando as franjas do xale enroscaram-se na roda do veículo. Sua cabeça foi lançada para trás e a nuca foi quebrada. Morreu estrangulada. Ironicamente, desde a morte de seus filhos, Deidre e Patrick, ela se recusava a entrar em carros fechados.
Em homenagem à bailarina, foi criada em 1979, a Isadora Duncan Dance Foundation, em Nova Iorque. Os arquivos pessoais de Isadora Duncan estão atualmente no Lincoln Center, também em Nova Iorque.
Veja aqui a cena de um espetáculo de balé moderno feito em homenagem à Isadora Duncan, em que se pode ter uma idéia da técnica desenvolvida por ela.
Fonte:
http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=152
Winkpedia
http://www.claucarlsen.com/IsadoraDuncan/Isadora.htm