Friday, November 14, 2008

A vida de Vermeer

A partir de hoje, farei uma série de postagens sobre um pintor que gosto muito devido a sua forma introspectiva de pintar.Vermeer nasceu em Delft, Holanda, em 1632.
Pouco se sabe sobre vida de Vermeer. O que se sabe é que morreu prematuramente, aos 43 anos, e em situação financeira desastrosa. Teve pelo menos 11 filhos nos 22 anos de casado. O artista, que viveu épocas abastadas, quando nada lhe faltava devido aos seus mecenas, morreu pobre e endividado. A inquietação de Vermeer em como prover meios para suprir as necessidades de seus filhos o deixou numa condição emocional de tensão tão grande e dolorosa que, segundo historiadores, lhe causou um estado de profunda depressão, do qual ele nunca iria se recuperar.
Arquivo de Delf

Quase tudo o que diz respeito à pessoa de Vermeer é meramente hipotético. Até mesmo um auto-retrato não pode ser apoiado em qualquer prova objetiva. Se quisermos, de alguma forma imaginar o homem Vermeer, temos de confiar exclusivamente na interpretação de trinta e cinco pinturas, que é, na melhor das hipóteses, um método extremamente subjetivo e suscetível a enganos. Às vezes, um trabalho do pintor reflete com bastante precisão o seu caráter, como no caso de Picasso ou Dalì, e outras vezes, parece não haver qualquer relação. A capacidade de se aproximar da profundeza da alma do artista, em muitos casos, parece que existe independentemente e além das características particulares das técnicas da pintura.

Um economista americano chamado John Michael Montias, chegou a várias conclusões sobre a vida de Vermeer a partir de análises de cada vestigio de prova relativo ao mestre de Delft ou qualquer pessoa que de um modo ou de outro entrou em contato com ele através de sua investigação nos Arquivos Municipais Delft. Ele trabalhou com paixão e descobriu novos e importantes documentos. Um arquivista em Delft comenta que Montias muitas vezes foi o primeiro a entrar e o último a sair do arquivo da prefeitura de delfs.O fascinante resultado de seu estudo pode ser lido no ensaio Vermeer and His Milieu: A Web of Social History (Princeton University Press, 1989).




Fragmento do documento de batismo de Vermeer em 1632.


Detalhe da certidão de casamento de Vermeer e Catharina Bolnes . 20 April 1653.


Em 1657 Vermeer e sua esposa Catharina fizeram um contrato de Empréstimo de 200 florins com Pieter van Ruijven
Este documento atesta o primeiro contato entre Vermeer e seu futuro patrono, Pieter van Ruijven. Van Ruijven emprestou a Vermeer e Catharina 200 florins, a uma taxa de juros extremamente baixas, o que, na opinião do Montias, pode ter sido um avanço no sentido da compra de um ou mais quadros.

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