Thursday, December 06, 2007
Arte Gótica-Introdução
Quando observamos ou analizamos uma obra de arte,devemos olha-la de forma geral e também suas particuparidades específicas.Jamais podemos afirmar categoricamente algo sobre algum periodo da arte sem mencionarmos o anterior e também ,as influencias que durante o periodo vigente vai se agregando ao estilo sofrendo assim modificações até chegar em outro período.È claro que estamos falando muitas vezes até de centenas de anos de um período a outro.
Em boa parte das fontes de pesquisa sobre Gótico,m arquitetura o estilo é caracterizado pelo arco de ogiva. Este estilo apareceu na França nos fins do século XII e expandiu-se pela Europa Ocidental, mantendo-se até a Renascença, ou seja, até o século XIV, na Itália, e até o século XVI ao norte dos Alpes. Moore definiu a arquitetura gótica como um "sistema de abóbadas, cuja estabilidade era assegurada por um equilíbrio perfeito de forças". Esta interessante definição é infelizmente incompleta, pois nem sequer cita os arcos de ogiva. Mas a verdade é que, se este elemento é fundamental no estilo gótico, aparece também noutros estilos, assim como o arco de volta inteira surge igualmente nos edifícios góticos. Durante o período românico, o arco de ogiva aparece principalmente nos lugares onde existe forte influência sarracena. Os arquitetos da catedral românica de Monreale, utilizaram-no freqüentemente. O românico espanhol, e mesmo o provençal, empregaram o arco de ogiva. Por outro lado, num edifício tão gótico quanto a catedral de Chartres, as janelas da clarabóia da nave são de volta inteira, salvo nas suas subdivisões, assim como os arcos diagonais da Notre-Dame de Paris. O arco de ogiva não é pois, tão característico do gótico como geralmente se pensa.
Partindo desse princípio, é nos detalhes e nuances que podemos definir exatamente a que período pertence tal obra.
Inevitavelmenet toda vez que pensamos em catedral gótica,nos vem a mente Nodre Dame de Paris,vitrais e rosetas,mas a definição de gótico é muito mais complexa,visto que dependendo do local em que ela se desenvolveu, adquiriu caracteristicas próprias bem diferenciadas do estilo que normalmente temos em nosso conceito.
Igrejas Góticas
Quem primeiro usou o termo "gótico" foi Vasari (1511-74), referindo-se à arquitetura do final da Idade Média, considerada uma evolução do estilo românico. Também Sir Christopher Wren, no século XVII, usou o mesmo termo para expressar sua reprovação ao estilo que era considerado como bárbaro e selvagem, porque muito se diferencia da "pureza" clássica da construção grega e romana.
A arquitetura Gótica caracteriza-se principalmente pelo uso de ogivas, motivo pelo qual ficou conhecida também como "estilo ogival". Experiências feitas por canteiros levaram à construção de esqueletos de igrejas com pilastras, contrafortes, arcos e abóbadas nervuradas, tudo seguro por uma combinação equilibrada de forças verticais e oblíquas. As paredes passaram a não sustentar peso como nas igrejas românicas, tendo a finalidade de ser base para grandes vitrais interrompidos por pilares.
As características especiais da arquitetura gótica foram determinadas pela utilidade estrutural que dava aos artistas a liberdade de fazer esculturas, decorar paredes e elaborar os vitrais. Os ideais românicos tornaram-se realidade por construtores brilhantes que gradativamente transformaram as paredes maciças e os pesados arcos em refinadas linhas verticais. Se as igrejas românicas eram sólidas e presas à terra, as góticas passaram a ser leves e altaneiras.
Catedral de Sevilha, na Espanha.
As catedrais tornaram-se maiores e mais grandiosas, na Inglaterra expressando sua magnificência pelo comprimento e pela largura, enquanto na França as construções tentavam alcançar o céu.
A típica catedral medieval dominava a cidade com seu volume e altura, caracterizando a religião católica e o poder e riqueza dos bispos, abades e do clero. Algumas levaram séculos para ser construídas, como a Catedral de Colônia, iniciada em 1248 e concluída em 1880. Uma das características desse tipo de igreja da Idade Média, diz respeito aos interiores, que eram muito menos livres e abertos do que atualmente. Eram tantos os compartimentos que separavam os religiosos e o coro dos leigos, que é impossível imaginarmos como eram realmente esses edifícios por dentro, pois atualmente só nos restam as estruturas básicas das construções. As catedrais, abadias, igrejas colegiadas e paroquiais góticas não são apenas obras de arte, mas edifícios projetados para culto público e privado.
Catedral de Siena, na Itália;
Algumas das características das igrejas góticas são, primeiro, o plano cruciforme quase sempre usado. As igrejas maiores tinham uma nave central longa e outras laterais. Depois as paredes, que eram cada vez mais perfuradas por janelas e arcos. As aberturas, portas, janelas e outras, eram encimadas por ogivas, a principal característica da arquitetura gótica. Os tetos ogivais das naves eram construídos numa altura muito maior do que os arcos semicirculares românicos. Os tetos de pedra abobadados eram formados por dois arcos que se cruzavam em ângulo reto. Em vez da maciça coluna românica, as pilastras da igreja gótica eram compostas de várias colunas finas, agrupadas, que dão maior força e elasticidade. Com relação aos ornamentos, essas igrejas estavam repletas de entalhes, as linhas simples abrandadas por formas esculpidas de folhas e flores. As grandes portas e parte das fachadas das catedrais eram cobertas por fileiras de estátuas, enquanto faces grotescas e gárgulas eram esculpidos nas almofadas e nos tetos. As imagens eram muito coloridas e às vezes murais ornamentavam as paredes, com quadros pintados apenas nos retábulos dos altares. As janelas eram rendilhadas de pedra e tapadas com vitrais magnificamente coloridos.
No exterior se destacava uma torre quadrada e maciça sobre o cruzamento, onde a nave e os transeptos se uniam. Muitas vezes duas torres eram acrescentadas sobre a entrada do oeste e freqüentemente eram aumentadas com delicadas agulhas de se dirigiam ao céu.
Algumas das igrejas góticas mais famosas do mundo: Catedral de Milão (1385-1485), Catedral de Florença (1296-1462), Santa Maria dei Frari em Veneza (1250-1338), São Francisco em Assis, Catedral de Santiago de Compostela (1077-1128), Catedral de Toledo (1227-1493), Catedral de Barcelona (1298-1448), Mosteiros dos Jerônimos em Portugal (1499), Notre Dame ( Paris, 1163-1260), Catedral de Lê Mans (1217), Catedral de Chartres (1194), Catedral de Colônia (1248-1880), Catedral de Lubeck (1173-1335), Santo Estevão (Viena, 1300-1510) e Abadia de Westminster, Catedral de Salisbury, Catedral de Worchester, Catedral de Bristol, estas últimas na Inglaterra.
Fonte: texto de Peter F. Anson - The New Library of Catholic Knowledge e Jean Lassus, professor de Sorbonne, Paris e Deptº de Teologia da PUC - RJ.
http://www.areliquia.com.br/artigos%20anteriores/reliquia_mar%E7o_2005/igreja.htm
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment
Pinceladas do observador