MAQUINAS E PERCEPÇÃO-FERNANDO PESSOA

"Fernando Pessoa foi contemporâneo de Walter Benjamin (1892-1940), não apenas em termos cronológicos mas, sobretudo, em termos de Modernidade. Em ambos existe uma forte presença do espaço urbano por oposição ao refúgio do espaço rural, o rebuliço da cidade que oferece o espaço ideal para a contemplação e ensimesmamento. Como lugar da experiência moderna, a cidade é igualmente central para as reflexões de Benjamin sobre a cultura contemporânea, denotando nos textos sobre a experiência urbana (Nápoles, Moscovo, Berlim e Paris) uma análise filosófica e estética dessa mesma experiência. Paradoxalmente, se a experiência urbana é a condição sine qua non para as suas obras escritas, essas cidades não existem necessariamente enquanto tal, podendo ser imaginárias, à semelhança das nostálgicas cidades imaginadas de Paris para Baudelaire, de Viena para Karl Krauss, de Praga para Kafka, de Berlim para Benjamin e de Lisboa para Pessoa. "



"ODE MARÍTIMA-1915

NADA PERDEU A POESIA.E AGORA HÁ MAIS AS MAQUINAS
COM A SUA POÉTICA TAMBÉM.E TODO NOVO GÊNERO DE VIDA.
COMERCIAL,MUNDANA,INTELECTUAL,SENTIMENTAL,
QUE A ERA DAS MÁQUINAS VEIO TRAZER PARA AS ALMAS.



ODE TRIUNFAL

AH!PODER EXPRIMIR-ME,TODO COMO O MOTOR SE EXPRIME
SER COMPLETO COMO UMA MÁQUINA!
{...}

FRATERNIDADE COM TODAS AS DINÂMICAS
PROMISCUA FURIA DE SER PARTE-AGENTE

DO RODAR FÈRREO E COSMOPOLITA
DOS COMBOIOS ESTRÊNUOS...



SEDUÇÃO E DILACERAMENTO SÃO OS EFEITOS ANTAGONICOS E SIMUNTÂNEOS,DAS INVENÇÕES MECANICAS SOBRE A PERCEPÇÃO A SENSIBILIDADE,E A INTELIGENCIA DO HOMEM DA SOCIEDADE,URBANO-INDUSTRIAL.


FOTO ACIMA:CARTIER BRESSON
FONTE:GERMINALITERATURA.COM.BR
http://expressarte.weblog.com.pt/arquivo/380053.html