Sunday, July 08, 2007

SOBRE AS ÁRVORES E O ESPAÇO-RILKE E BACHELARD

FÈRIAS.GRAÇAS A DEUS !! MAIS UMA ETAPA VENCIDA,APESAR DO CANSAÇO O SEMESTRE FOI BASTANTE PRODUTIVO.HOJE TIVE TEMPO DE OBSERVAR AS COISAS EM MINHA VOLTA.ESTAMOS NO INVERNO E AQUI EM BRASILIA,ASSIM COMO EM TODO PLANALTO CENTRAL O CLIMA ESTA SECO E QUENTE DURANTE O DIA E FRIOZINHO A NOITE.A PAISAGEM MUDOU."CAMBIA,TUDO CAMBIA",AS FLORES DAS PAINEIRAS SE FORAM,OS FRUTOS JA SE ABRIRAM EM ALGODÃO E AS ARVORES LARGAM-SE DESFOLHANDO-SE,PARA SUPORTAR A DURA SECA QUE VEM POR AI.ESTÃO BELAS,APARENTEMENTE SECASM AS INFINITAMENTE BELAS.SEM AS FOLHAS PODEMOS OBSERVA-LAS EM CONTRASTE COM O CÉU AZUL INTENSO.ABREM ESPAÇO PARA A OBSERVAÇÃO.ME LEMBREI DE GASTON BACHELARD EM SEU LIVRO POÉTICA DO ESPAÇO FALA ALGO SOBRE POETAS, ESSE ESPAÇO,ÁRVORES E AS COISAS QUE NOS CERCAM.

"OS POETAS,NOS AJUDARAM A DESCOBRIR EM NÓS UMA ALEGRIA TÃO EXPANSIVA DE CONTEMPLAR QUE ÁS VEZES, DIANTE DE UM OBJETO PRÓXIMO, VIVEREMOS O ENGRANDECIMENTO DE NOSSO ESPAÇO INTIMO[...]A ÁRVORE, COMO TODO SER VERDADEIRO, É APREENDIDA EM SEU SER "SEM LIMITE".SEUS LIMITES, NÃO PASSAM DE ACIDENTES. CONTRA O ACIDENTE DOS LIMITES, A ÁRVORE TEM NECESSIDADE DE QUE LHE DÊS TUAS IMAGENS SUPERABUNDANTES, ALIMENTADAS POR TEU ESPAÇO INTIMO[...]NO MUNDO DO SONHO, A ÁRVORE NUNCA SE ESTABELECE COMO SER ACABADO [...]ASSIM A ÁRVORE TEM SEMPRE UM DESTINO DE GRANDEZA. ESSE DESTINO, ELA O PROPAGA. A ÁRVORE FAZ CRESCER AQUILO QUE A RODEIA{...]



O ESPAÇO,FORA DE NÓS,GANHA E TRADUZ AS COISAS:
SE QUISERES CONQUISTAR A EXISTENCIA DE UMA ÁRVORE,
REVESTE-A DE ESPAÇO INTERNO, ESSE ESPAÇO
QUE TEM SEU SER EM TI.CERCA-A DE COAÇÕES.
ELA NÃO TEM LIMITE, E SÓ SE TORNA REALMENTE UMA ÁRVORE
QUANDO SE ORDENA NO SEIO DA TUA RENÚNCIA.

[...] ATRAVÉS DE NÓS ALÇAM VÔO
OS PÁSSAROS EM SILÊNCIO. O,EU, QUE QUERO CRESCER,
OLHO PARA FORA, E A ÁRVORE CRESCE EM MIM.

ESSAS ÁRVORES SÃO MAGNIFICAS,MAS MAIS MAGNIFICO AINDA É O ESPAÇO SUBLIME E PATÉTICO ENTRE ELAS,COMO SE, COM SEU CRECIMENTO, ELE AUMENTASSE TAMBÉM


RILKE




FONTE:A POÉTICA DO ESPAÇO-GASTON BADHELARD p. 202/205

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