"Pela branda areia que lambe o mar sua pequena pegada não volta mais
Um caminho sozinho de pena e silêncio
chegou até a água profunda
Um caminho sozinho de penas mudas chegou até a espuma
Sabe Deus que angústia te acompanhou que dores antigas calou tua voz
Para recostar-se embalada no canto as conchas marinhas
A canção que canta no fundo escuro do mar
A concha
Te vais Alfonsina com tua solidão.Que poemas novos fostes buscar?Uma voz antiga de vento e sal te elogia a alma e a está levando.E te vás até lá como em sonhos
Dormida, Alfonsina vestida de mar
Cinco sereias te levaram por caminhos de algas e coral e fosforescentes cavalos marinhos à vontade.Uma ronda a teu lado
E os habitantes da àgua vão jogar logo ao seu lado.
Baixe a lâmpada um pouco mais deixe que durma Enfermeira, em paz ...
Um caminho sozinho de penas mudas chegou até a espuma
Sabe Deus que angústia te acompanhou que dores antigas calou tua voz
Para recostar-se embalada no canto as conchas marinhas
A canção que canta no fundo escuro do mar
A concha
Te vais Alfonsina com tua solidão.Que poemas novos fostes buscar?Uma voz antiga de vento e sal te elogia a alma e a está levando.E te vás até lá como em sonhos
Dormida, Alfonsina vestida de mar
Cinco sereias te levaram por caminhos de algas e coral e fosforescentes cavalos marinhos à vontade.Uma ronda a teu lado
E os habitantes da àgua vão jogar logo ao seu lado.
Baixe a lâmpada um pouco mais deixe que durma Enfermeira, em paz ...
E se ele chama não diga que estou diga-lhe que Alfonsina não
volta
E se ele chama não o diga que estou de que estou indo.
...
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar"
Imagem: Artwork by Cristina Bazolli E se ele chama não o diga que estou de que estou indo.
...
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar"
Esse texto é uma tradução do poema da musica Alfonsina Y El Mar que foi
inspirada no proprio poema postumo dela chamado Vou a Dormir...Foi gravada a promeira vez no album de Mercedes Sosa :Mulheres Argentinas em 1969.
A mulher que Mercedes Sosa se refere
na musica composta por Ariel Ramirez e Feliz Luna é Alfonsina Storni ,poetisa.Chamaram-na Alfonsina, e dizem que o nome significa :"disposta a tudo".Nasceu na Suiça mas em 1896 imigrou com os seus
pais para a província de San Juan na Argentina.
Quando Alfonsina tinha 12 anos, escreveu seu primeiro
poema centrado na morte e o deixa sob a almofada de sua mãe que ficou profundamente contrariada com o
tema, dizendo que a "vida é muito bela para aquilo".
O poemas de Alfonsina Storni são cortantes ,certeiros e
determinados, como ela era .
Pode -se dizer que ela comparada a sua época, poderria ser considerada uma feminista pois estava a frente de seu tempo e já fazia indagações sobre a condição da mulher na sociedade.
Pode -se dizer que ela comparada a sua época, poderria ser considerada uma feminista pois estava a frente de seu tempo e já fazia indagações sobre a condição da mulher na sociedade.
Teve aos 20 anos tem seu único filho, Alejandro, companheiro
inseparável. Quando lhe perguntavam a esse respeito ela dizia: "Eu tenho um filho fruto do amor, do
amor sem lei."
Em 1935 descobriu que era portadora de um câncer no seio e
para complicar seu estado de espirito o suicídio do amigo Horacio Quiroga, em 1937, deixa-a
profundamente abalada.
Em 1938, três dias antes de se suicidar,saltando no mar no cais de Mar Del plata ela envia de um
hotel desta mesma cidade , para um jornal, o soneto, Vou a Dormir.
Vou a Dormir
"Dentes de flores, touca de sereno,
Mãos de ervas, tu, ama-de-leite fina,
Deixa-me prontos os lençóis terrosos
E o edredom de musgos escardeados.
Vou dormir, ama-de-leite minha, deita-me.
Põe-me uma lâmpada à cabeceira;
Uma constelação; a que te agrade;
Todas são boas: a abaixa um pouquinho
Deixa-me sozinha: ouves romper os brotos…
Te embala um pé celeste desde acima
E um pássaro te traça uns compassos
Para que esqueças… obrigado. Ah, um encargo:
Se ele chama novamente por telefone
Diz-lhe que não insista, que saí…"
"Dentes de flores, touca de sereno,
Mãos de ervas, tu, ama-de-leite fina,
Deixa-me prontos os lençóis terrosos
E o edredom de musgos escardeados.
Vou dormir, ama-de-leite minha, deita-me.
Põe-me uma lâmpada à cabeceira;
Uma constelação; a que te agrade;
Todas são boas: a abaixa um pouquinho
Deixa-me sozinha: ouves romper os brotos…
Te embala um pé celeste desde acima
E um pássaro te traça uns compassos
Para que esqueças… obrigado. Ah, um encargo:
Se ele chama novamente por telefone
Diz-lhe que não insista, que saí…"
Linda,melancolica e mágica musica !
Ouça a musica logo abaixo a tradução
do poema da musica Alfonsina Y El Mar que foi inspirada no proprio poema
postumo acima citado .Clica ai para ouvir -------->>>>..http://www.youtube.com/watch?v=eU1Hpc_iqL8&feature=related
No comments:
Post a Comment
Pinceladas do observador